O Capítulo Lygia

Capítulo curto ainda, mas extenso em aprendizado, capítulo que diz para mim o que é ter uma família, capítulo que insiste em me ensinar as coisas realmente importantes da vida, capítulo intenso e tinto de vermelho, capítulo de coragem, capítulo de lealdade, capítulo já inesperado, melhor capítulo, de casa limpa, de filha bem cuidada, de pequena estatura e enorme conteúdo... Obrigado por ter paciência comigo, obrigado por ser meu amor, fácil, sem percalsos ou sustos, sem as dores de uma paixão arrebatadora, foi direto amor. AMOR! que o fruto dele seja a nossa melhor aliança para todo o sempre!

Afinal 2013... 4 anos se foram!

Afinal 2013 chegou, o mundo não acabou, aliás, recomeçou, não perfeito, mas muito melhor... As marcas do passado intenso antes relatado são apenas leves cicatrizes que não mais demandam lágrimas, curativos ou sentimentos profundos. O que existe, o novo, é enorme, toma todos os poros do meu corpo mesmo tendo um tamanho diminuto ainda. É um novo amor, maior que o que pude imaginar existir. É a esperança de novos dias concretizada numa pessoa, pequena, de poucos, porém, sinceros sorrisos. Anna Júlia, razão pela qual eu acordo mais feliz a cada dia... Eu te amo minha filha e tenho comigo que a única coisa que espero de você é que você seja muito feliz com suas próprias escolhas, quando assim tiver capacidade para ser.

Saudade cortante...

Saudade cortante de você mesma... saudade da felicidade... saudade do amor! Saudade de mim mesmo, saudade da motivação, saudade de dias de paz.

Diga adeus a aquele que ia... Diga adeus ao que fui...

Diga adeus ao que fui. Impossível voltar, impossível ser de novo o que eu era. Nunca mais. O que sobrou e o que irá se regenerar é novo, vem de outro lugar, ainda desconhecido. Essa regeneração está acontecendo em um ambiente inóspito, ela tende a ter marcas. Cadê os grandes amigos? Cadê o céu lindo de outono? Está tudo encoberto num mar cinza... A tempestade não passa e leva pedaços fundamentais de mim...

Férias de mim mesmo.

Preciso férias, mas férias de mim mesmo, preciso morrer por uns dias, deixar de existir, deixar de pensar, deixar de sentir qualquer coisa. Deixar de me sentir abandonado à minha própria culpa, deixar de sentir obrigações, deixar de ser cobrado... Se tudo isso é um estratégia para me ver sofrendo, parabéns, está dando certo. Vivo de esmolas e por isso quero férias dessa vida.

Quinta-feira, véspera de feriado de páscoa...

Querido diário, hoje é véspera de feriado que em outros tempos seria um dia a se comemorar, um dia feliz em sua plenitude, um dia bom... Mas hoje não é um dia bom, nem pleno, nem nada... Hoje é quase um não dia... Hoje é NADA, como a vontade de fazer as coisas. NADA como o que a alma sente. NADA ao quadrado. NADA mesmo!

NADA não faz sombra, NADA não custa dinheiro, NADA não sorri mas também não chora. NADA é simples e básico, para se viver em qualquer lugar.

Mas NADA faz chorar, NADA corrói, NADA é NADA.

Nada, nada! Imperativo, pedindo que o esforço para se alcançar o outro lado da piscina seja realizado. Esse tipo de nada, vem, mas o outro tipo de NADA não, nem motiva, nem NADA.

Enfim, um NADA enorme se anuncia.

De ninguém para ninguém, como deve ser...

De ninguém para ninguém... assim é a vida, assim são as coisas às quais dedicamos amor, quando for nossa hora, tudo o mais ficará, e quem fomos prevalecerá. Se fizemos coisas boas, elas florecerão nos corações dos próximos. Se foram ruins, elas virarão cinzas e pó, voltando à origem.